TROTE SOLIDÁRIO NA UFSC – Campus Araranguá

07/04/2010 18:56

O dia 07 de abril de 2010 ficará registrado na história da UFSC – Campus Araranguá, principalmente, para os universitários do primeiro curso de graduação – Tecnologias da Informação e Comunicação, que agora estão na 2ª fase do curso. Estes autores, sob a orientação dos bolsistas e acadêmicos Pedro Henrique Souza e Rogério Bernardo, tiveram, pela segunda vez, a ousadia e honra de organizar o trote de 2010 no campus. E assim foi feito. Com muita pintura no rosto, alegria e solidariedade, os acadêmicos mais experientes conduziram os calouros, depois de terem sido aprovados no concurso vestibular, para um novo desafio: o trote universitário. Para os recém-chegados, a satisfação de que meses de estudo e dedicação geraram resultados positivos veio seguida da preocupação com o trote, ritual de passagem entre os ensinos médio e universitário. Como em qualquer outro local, em Araranguá o trote ganhou a atenção da comunidade e das manchetes dos jornais locais, não pelas características violentas e notórias que costuma ter, mas pela surpresa positiva de se realizar um pedágio solidário em frente ao campus da UFSC, o qual cederá o valor arrecadado para um asilo de Araranguá.
Na atualidade, é frequente as universidades e faculdades aderirem à ideia do chamado “trote cidadão”, no qual os calouros participam de campanhas de cunho social, como de doação de sangue, alimentos e roupas, e também prestam serviço voluntário. Isso não significa, porém, que os trotes violentos necessariamente estejam sendo deixados de lado. Em alguns lugares, a cerimônia de pintura e corte de cabelo dos calouros ainda divide espaço com as atividades solidárias e foi o que aconteceu aqui em Araranguá.
Por fim, é bom salientar que o trote com pintura, pedágio e corte de cabelos é considerado, portanto, uma tradição na passagem do estudante à vida universitária. O curioso é que isso não é discutido. Não seria possível que novas tradições fossem criadas? O processo de passagem do calouro para a universidade tem sempre que ser marcado por violência física ou simbólica?. Pensamos que não… e foi exatamente isso que os acadêmicos da UFSC – Campus Araranguá quiseram mostrar a todos os calouros e cidadãos da região, os quais aprovaram o evento e contribuíram com o pedágio.

Autoria: ALAIM SOUZA NETO – Técnico em Assuntos Educacionais – SIAPE 1769521

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